Quando se contrata um plano de saúde, muito se houve falar sobre carência. Há quem diga em que é um período onde não se pode usar o plano de saúde.
Isso significaria que, se você ficasse doente durante o período de carência, teria de buscar atendimento na rede pública, pois o plano de saúde negaria a cobertura.
É isso mesmo? A carência do plano de saúde é realmente esse monstro que deixa um paciente descoberto? E o que fazer caso um imprevisto aconteça nesse período?
Muitas são as dúvidas em torno desse tema. Por isso, preparamos um texto completo que vai lhe ajudar a entender tudo sobre o assunto. Fique conosco.
O que é a carência de plano de saúde?
A carência de plano de saúde é um período necessário para que o segurado possa começar a usufruir da cobertura contratada por ele quando assinou a apólice.
Esse período é acompanhado de perto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, que é quem define esse período. Ele costuma variar de acordo com o procedimento.
Por exemplo, existem períodos de carência diferentes para consultas, exames e cirurgias. Ou seja, para os procedimentos simples, esse período gira em torno de 30 dias. Já os complexos tem carência de até 90 dias.
Embora, durante a carência, não seja possível ser atendido no plano de saúde, o hospital não pode negar o atendimento em casos de extrema urgência. Nessas situações, o atendimento é prestado mesmo quando ainda há carência.
Porque a carência do plano de saúde existe?
Embora possa parecer um pouco cruel com quem contrata um plano de saúde e precisa esperar um tempo para conseguir usar o serviço, a carência existe para que a empresa possa se organizar.
Como cada serviço tem um valor diferente, é preciso não apenas calcular se as despesas estão dentro da franquia contratada, como também verificar se os procedimentos são cobertos pelo plano.
Por isso, a carência entra em cena, para que o atendimento possa ser prestado da melhor maneira possível.
Além disso, a carência é uma forma que as operadoras encontraram para se proteger de segurados golpistas. Por exemplo, se não houvesse esse período de carência, muios beneficiários poderiam usufruir do atendimento prestado pelo hospital, como no caso de cirurgias, para logo após a realização do procedimento cancelar o contrato. Desse modo, muitas empresas ficaram sem conseguir se manter para pagar os procedimentos de outros pacientes. Esse período de carência garante que o segurado se comprometa com a operadora para receber os devidos atendimentos médicos.
Quais são as carências para planos de saúde?
A carência funciona de acordo com o período de cada procedimento. Como dissemos, durante esse período o atendimento não é prestado, mas existem exceções.
- Caso o segurado tenha alguma urgência ou emergência, a carência é de apenas 24 horas;
- Para a realização de internações, cirurgias ou procedimentos complexos, deve-se passar 180 dias;
- Para os partos, o período é ainda maior. Pode ser de 300 dias, quando não há complicações;
- Em caso de bebês prematuros ou gravidez de risco, não há carência.
Caso seja preciso realizar exames ou procedimentos simples, o período de carência é menor. Para saber o prazo correto, basta consultar a empresa de quem você comprou a apólice.
Mas, você sabia que existe uma possibilidade em que o segurado tem cobertura mesmo durante a carência? São os casos de cobertura parcial temporária, e englobam doenças ou lesões preexistentes. Ou seja, enfermidades que aquele segurado já possuía, antes mesmo de assinar o contrato.